MPF denuncia ex diretor geral do DER-PR na Lava Jato

A força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) apresentou à Justiça Federal, denúncia contra 18 pessoas investigadas na Operação Integração, a 48ª fase da operação.

Administradores e funcionários da concessionária de pedágios Econorte, que integra o grupo Triunfo, operadores financeiros envolvidos com a concessionária e servidores públicos são acusados pela prática dos crimes de associação criminosa, peculato, corrupção, estelionato e lavagem de dinheiro.

As fraudes também viabilizaram aditivos contratuais favoráveis à Econorte junto ao Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná, o DER/PR.

As investigações apontaram contratações irregulares firmadas pela Econorte com empresas ligadas a agentes públicos do Paraná, incluindo ex-servidores do DER/PR e da Casa Civil estadual.

Segundo a denúncia, essas empresas não prestavam nenhum serviço à concessionária ou superfaturavam os preços, beneficiando os próprios agentes públicos e familiares.

De acordo com o MPF, ao mesmo tempo em que eram realizados pagamentos a empresas relacionadas a operadores financeiros e agentes públicos, a Econorte foi contemplada com três termos aditivos extremamente benéficos aos interesses da concessionária.

Isto teria garantido reajustes na tarifa cobrada nas praças, além da supressão da execução de obras contratualmente previstas. Nelson Leal Júnior, ex-diretor do DER/PR,é apontado como o principal responsável pelo esquema fraudulento no órgão estatal.

Ao mesmo tempo em que viabilizava os aditivos favoráveis à Econorte, Leal apresentou incremento patrimonial incompatível com seus rendimentos, usando recursos em espécie para aquisição de um apartamento de luxo em Balneário Camboriu (SC) e para depositar em suas contas pessoais.

Entre os operadores financeiros acusados estão Ivan Carratu, Rodrigo Tacla Duran, Adir Assad e Marcelo Abud, já investigados anteriormente pela Lava Jato.

A CBN Curitiba tenta contato com a defesa de Nelson Leal Júnior, mas até o momento da publicação desta reportagem não foi atendida.

Repórter Fábio Buchmann – CBNCURITIBA

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