Adolescente morre de meningite bacteriana em Campo Mourão

A estudante Nathalia Ferreira Hernando, de 15 anos, morreu em Campo Mourão por complicações de saúde provocada por meningite bacteriana. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Casa desde sexta-feira (22) e teve morte cerebral confirmada. Ela estudava no 2º ano do ensino médio, no Colégio Vicentino Santa Cruz. A reportagem não conseguiu ainda confirmar o local e horário de velório e sepultamento da adolescente.

A TRIBUNA apurou que a família autorizou a doação dos órgãos dela. A aluna tinha participado normalmente das aulas até quinta-feira da semana passada. Depois de passar mal em casa e ser encaminhada ao hospital, ela recebeu o atendimento médico onde permanecia internada em estado gravíssimo. A estudante foi infectada por Meningite Meningocócica do tipo “B”, causada pela bactéria meningococo, essa é uma das formas mais agressivas da enfermidade.

“É uma infecção grave, a gente chama de doença meningocócica, uma das formas da doença é a meningoencefalite que acometeu esta criança”, informou o médico infectologista do município, Rodolfo César Visoni Poliseli, durante coletiva de imprensa, ontem.

A diretora administrativa do Colégio Vicentino Santa Cruz, irmã Lucia Pantarolo Ferreira, informou na segunda-feira (25), durante coletiva à imprensa, que professores foram submetidos ao tratamento com antibióticos e colegas de classe da adolescente, nos casos em que os pais deram autorização. Segundo a diretora, assim que soube do caso, a instituição entrou em contato com os órgãos competentes.

Nathalia recebeu várias mensagens de amigos no Facebook, que lamentaram a sua morte. “Você me deixou lindas e preciosas lembranças que juntas construímos, mas junto com elas ficará eternamente grudada esta saudade que fere a alma. Espero que você esteja em um lugar melhor, e que lá fique me esperando, pois sei que nos voltaremos a encontrar. Obrigada por todos os momentos juntas, você foi incrível. Descanse em paz princesa”, declarou uma amiga.

DISSEMINAÇÃO O médico Rodolfo Poliseli explicou que a disseminação das meningites bacterianas é de pessoa para pessoa, principalmente por meio de gotículas e secreções expelidas pelas vias respiratórias ou através da saliva. A principal forma de tratar a meningite é a partir de antibióticos. Medidas de suporte também podem ser aplicadas, como soro, corticoide e remédios para febre.

PREVENÇÃO A principal forma de se manter longe da meningite B (e dos outros tipos) é por meio da imunização. E o ideal é que ela comece o mais cedo possível. Bebês devem tomar três doses no primeiro ano de vida (aos 3, 5 e 7 meses) e um reforço após o primeiro aniversário (entre 12 e 15 meses). Os pequenos que têm mais de 6 meses recebem duas doses até completarem 1 ano e uma terceira no segundo ano de vida. Para crianças maiores, adolescentes e adultos a indicação são duas doses com intervalos de dois meses entre cada uma. É importante também que aqueles que têm contato com os bebês se vacinem.

MENINGITE A meningite é uma doença causada por bactéria, vírus ou fungos. Trata-se de um processo inamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

A forma mais grave da doença é a bacteriana. As bactérias que podem causar a doença são a Neisseria meningitidis (meningococo), Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Streptococcus sp., Listeria monocytogenes, Escherichia coli, Treponema pallidum, Haemophilus inuenzae e Mycobacterium tuberculosis.

Os principais sinais e sintomas da meningite bacteriana costumam se manifestar rapidamente e podem incluir Febre alta e calafrios; alterações do estado mental; náusea e vômitos; áreas roxas, como machucados; erupções, pontos vermelhos; sensibilidade à luz (fotofobia); dor de cabeça forte; pescoço rígido; perda de consciência; respiração acelerada, entre outros.

Fonte: Tribuna do Interior

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