CAMPINA DA LAGOA: Polícia investiga suspeita de morte de menino após tomar vacina contra tétano
Caso foi registrado na terça-feira (27); corpo da vítima, de 12 anos, passou por exames, e os laudos são aguardados.
A Polícia Civil de Campina da Lagoa, na região centro-oeste do Paraná, está investigando a morte de um menino de 12 anos após supostamente ter tomado uma vacina contra o tétano, na tarde de terça-feira (27).
O caso também está sendo apurado pela 11ª Regional de Saúde, de Campo Mourão, segundo a chefe da seção de vigilância epidemiológica Ariadne Dantas Vieira Pepino.
O corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), onde passou por exames que devem identificar a causa da morte.
“Ainda é cedo para afirmar o que causou a morte dele. A suspeita é de que tenha sofrido uma reação logo depois de receber a dose da vacina antitetânica. O médico de plantão chegou a tentar reanimá-lo, mas ele não resistiu”, apontou o delegado Sérgio Antônio Brito.
O delegado ouviu nesta quarta-feira (28) a auxiliar de enfermagem que atendeu o menino, além do dono e do gerente do Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças, onde a criança foi atendida.
Brito explicou que recebeu a notificação da morte suspeita pela Secretaria Municipal de Saúde.
Ainda de acordo com o delegado, no depoimento a auxiliar de enfermagem disse que ministrou a dosagem correta da vacina e garantiu que todo o atendimento foi feito conforme os procedimentos padrões para este tipo de caso.
Também segundo Brito, o menino foi levado ao hospital pela mãe com um ferimento no pé. Lá ele recebeu um curativo e foi encaminhado para um posto de saúde para receber a dose da vacina. E, como o medicamento estava disponível apenas no hospital, foi orientado a retornar.
Em seguida, completou, a mesma auxiliar de enfermagem disse ter aplicado a dose da vacina e que logo o menino começou a passar mal.
Segundo o delegado, ao ser ouvida na delegacia ela inicialmente disse ter usado uma dose de 3 ml e depois telefonou para corrigir a informação, afirmando ter ministrado 0,3 ml.
Por conta da contradição, a técnica deve prestar um novo depoimento na próxima semana, quando deve ser ouvida também a mãe do menino.
O médico que fez o atendimento do menino, foi interrogado no fim da tarde. O delegado, no entanto, preferiu não informar o conteúdo do depoimento.
O frasco da vacina antitetânica foi recolhido, além de outros materiais usados no procedimento.
A perícia – que ainda não tem prazo previsto de conclusão – deve apontar também se a dosagem ministrada foi a correta e se foi a causa da morte.
Em depoimento, o gestor do hospital disse ao delegado que a vacina estava dentro do prazo de validade e que estava armazenada de forma adequada.
Troca de medicamentos
Nesta quinta-feira (29), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que está apurando o caso e que realizou coleta de documentos e informações. Até então, segundo a Sesa, “as informações indicam que houve a troca de medicamentos e que a vacina antitetânica não foi aplicada”.
A secretaria ressaltou ainda que os laudos conclusivos virão a partir do resultados das análises realizadas pelo IML.
O que diz a direção do hospital
Ao G1 a direção do hospital informou que, internamente, o caso é tratado como uma reação a algum medicamento. Para a direção, não se pode afirmar ainda que a morte foi provocada pela vacina ou por outro medicamento que o menino tenha ingerido fora da unidade.
“Não tendo conhecimento. Preferimos aguardar os laudos para tomar qualquer medida”, explicou a direção.
A funcionária que aplicou a vacina no menino recebeu uma licença de 30 dias. Conforme a direção, ela trabalha no local há mais de 20 anos e “nunca teve qualquer tipo de problema ou reclamação”
Fonte Globo.com
NOTA
A DIREÇÃO DO HOSPITAL E MATERNIDADE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS E TODA SUA EQUIPE EXTERNAM SUA SOLIDADRIEDADE A FAMÍLIA E A COMUNIDADE PELA FATALIDADE OCORRIDA NO ULTIMO DIA 27, NA QUAL VEIO A FALECER O JOVEM WILSON. TODA A EQUIPE DO HOSPITAL SEGUE CONSTERNADA COM O OCORRIDO. SEGUNDO CONSTA DOS RELATOS TODOS OS PROCEDIMENTOS INTERNOS OCORRERAM DA FORMA CORRETA. INCLUSIVE COM TODOS OS ESFORÇOS PARA A REANIMAÇÃO. A AUXILIAR DE ENFERMAGEM QUE MINISTROU A VACINA TEM QUASE 20 ANOS DE EXPERIÊNCIA E SEMPRE FOI MUITO CUIDADOSA COM OS PACIENTES. SEGUIMOS COLABORANDO COM OS ORGÃOS COMPETENTES PARA A ELUCIDAÇÃO DOS FATOS. A AUXILIAR DE ENFERMAGEM ESTA DE LICENÇA MÉDICA POR TRINTA DIAS POR CONTA DO ABALO PSICOLÓGICO SOFRIDO. REITERAMOS NOSSA SOLIDARIEDADE A FAMILIA E NOSSA DISPONIBILIDADE PARA COM OS ORGÃO COMPETENTES. E AGUARDAMOS A CONCLUSÃO DOS PROCEDIMENTOS INSTAURADOS.
A DIREÇÃO