Ubiratã foi atingida por 2.915 raios em 2018
O perigo que vem do céu!
A região de COMCAM foi atingida durante o ano de 2018 por 55.649 raios, segundo a Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas Atmosféricas (RINDAT), órgão vinculado ao Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar).
Apesar da grande quantidade de descargas atmosféricas, o número reduziu cerca de 43% em relação a 2017, quando 99.599 raios caíram na Comcam.
Somente em Ubiratã foram 2.915 descargas em 2018 contra 5.508 ante 2017, uma redução equivalente a 47%. Conforme o meteorologista do Simepar, Marco Antonio Rodrigues Jusevicius, que mapeia os registros desde 2005, os raios podem ocasionar graves acidentes envolvendo humanos e animais, além de prejuízos em caso de queimas de aparelhos eletrodomésticos.
Por isso, a orientação é que a qualquer mudança brusca no tempo a população procure áreas protegidas.
“A pessoa jamais deve permanecer em áreas desprotegidas como praias, rios, piscinas, campos, e parques em situação de ocorrência de raios. Nunca procurar também abrigos sob árvores, quiosques, tendas ou outra proteção que não isole a pessoa completamente do ambiente externo”, alertou.
Outra orientação é evitar utilizar equipamentos conectados a energia elétrica ou a telefonia convencional (com fios) durante a ocorrência de raios nas proximidades.
De acordo com os dados repassados à TRIBUNA DO INTERIOS, o município com o maior número de registros de raios na Comcam é Campina da Lagoa, que sofreu 3.923 descargas. Em seguida, Goioerê (3.583); Roncador (3.476); Campo Mourão (3.460); Mamborê (3.294); Luiziana (3.284); Ubiratã (2.915); Nova Cantu (2.595); Engenheiro Beltrão (2.479); e Altamira do Paraná (2.438).
Jusevicius explica que os raios são provocados pela presença de grandes concentrações de cargas elétricas existentes em diferentes partes das nuvens de tempestade. Quando essas concentrações de cargas elétricas são muito fortes elas permitem a formação de descargas elétricas que vão buscar a conexão com a superfície da Terra, normalmente em árvores, torres altas, picos de montanhas, formando então os raios que conhecemos.
Além de registros de casas atingidas, muitos moradores dessa localizada também já perderam inúmeras cabeças de gado em dias de chuvas por conta dos raios, e tiveram também prejuízos com a queima de aparelhos eletrônicos.
PREVENÇÃO O meteorologista comentou que o princípio básico de proteção que as pessoas devem ter em relação aos raios é permanecer isoladas do ambiente externo, no qual elas estão vulneráveis à ocorrência deste fenômeno durante as tempestades.
Ele citou como princípio básico de proteção a regra do “30-30”, ou seja, ao ouvir um trovão em até 30 segundos após ver o relâmpago a pessoa deve interromper imediatamente as atividades que estão sendo realizadas e buscar abrigo em área protegida. Somente após 30 minutos depois de ouvir o último trovão pode-se retornar às atividades paralisadas.
No caso de incidência de raios nas proximidades as pessoas devem abandonar imediatamente áreas consideradas desprotegidas como campos abertos, parques, praias, lagos, áreas abertas de práticas esportivas e outras similares e buscar abrigo.
O interior de casas de alvenaria e edifícios são os ambientes mais seguros. “Caso não seja viável no momento alguma opção dessas, o interior de veículos com capota rígida (automóveis, ônibus) com as janelas e portas fechadas também são ambientes mais seguros”, falou.
FONTE: Tribuna do Interior