Despejo Irregular de Agrotóxicos no Rio Piquiri Causou Morte de 50 Toneladas de Peixe Diz IAP
Análises da água e de peixes encontrados mortos no Rio Piquiri, em fevereiro de 2019, apontaram que a situação foi causada por despejo irregular de agrotóxicos, de acordo com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
A pesca comercial e amadora na bacia do Rio Piquiri foi liberada neste sábado (30), conforme uma portaria publicada pelo IAP na quarta-feira (27). A atividade estava proibida desde 20 de fevereiro, exceto a pesca científica.
A portaria que liberou a pesca também regulamentou a atividade no Rio Piquiri. Os pescadores só poderão utilizar linha de mão, vara de pesca simples, com molinete ou carretilha. Quem for pescar poderá utilizar isca natural ou artificial com ou sem anzol, nas modalidades arremesso e corrico.
O IAP também estabeleceu cota máxima de 10 quilos, por pescador. Quem não cumprir com as normas poderá ser penalizado. As multas vão R$ 700 a R$ 100 mil, além da apreensão do material de pesca.
Morte de peixes – Em fevereiro, o IAP comunicou ter encontrado 50 toneladas de peixes mortos no Rio Piquiri. Após as análises da água e exames toxicológicos, técnicos chegaram à conclusão que a mortandade “foi um caso isolado e não contínuo”.
Os rios já se encontram em estado normal, segundo o instituto. O caso aconteceu próximo do encontro dos rios Cantu e Piquiri, no oeste do Paraná.
Conforme o IAP, não há novos indícios de poluição e contaminação de águas e peixes. O instituto informou que vai continuar monitorando a qualidade da água.
Rio Piquiri – O Rio Piquiri nasce na Serra de São João, entre Turvo e Guarapuava. A extensão é de cerca de 660 quilômetros, passando por mais de 30 municípios. O Piquiri deságua no Rio Paraná, entre Altônia e Terra Roxa, na região noroeste.