Coronavírus: outras 39 pessoas a bordo de navio estão infectadas
O
Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão afirmou hoje
(12) que outras 39 pessoas a bordo de um navio de cruzeiro atracado no
porto de Yokohama, nas proximidades de Tóquio, foram confirmadas como
tendo sido infectadas pelo novo coronavírus.
O total atualizado de casos detectados a bordo do Diamond Princess já chega a 174.
Houve a confirmação de que um funcionário responsável por procedimentos de quarentena também foi infectado.
Segundo o ministério, testes para detecção de vírus em mais 53 pessoas
tiveram resultado positivo para 29 passageiros e 10 tripulantes.
Incluem-se aí dez japoneses e uma garota de 10 anos, a primeira paciente
nessa faixa etária.
Funcionário é infectado
O Ministério da Saúde informou, também, que o funcionário responsável
por procedimentos de quarentena encontrava-se a bordo do Diamond
Princess nos dias 3 e 4 de fevereiro.
Ele trajava máscara protetora e luvas, e entrou nos quartos dos
passageiros para recolher questionários e medir a temperatura corporal
deles.
O funcionário passou a ter febre cinco dias depois e foi até uma
instituição médica no dia seguinte, onde passou por testes para detecção
do vírus.
Entre os casos no navio, quatro pessoas estão em estado grave. Duas
delas encontram-se internadas em unidades de tratamento intensivo, e as
outras duas utilizam respiradores artificiais.
Histórico
Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram
associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos.
Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda
grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil
pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória
no Oriente Médio que foi chamada de Mers.
A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da
Organização Mundial de Saúde (OMS) na China buscava respostas para casos
de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava
moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro foi apontado um
mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço
foi fechado pelo governo chinês.
Agência Brasil