Segundo Banco Central, inadimplência do brasileiro aumentou na pandemia
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Segundo levantamentos do Banco Central, a inadimplência aumentou. Os empréstimos com pagamentos em atraso com mais de 90 dias tiveram aumento de 2,3 % em fevereiro.
Atrasos de crédito rotativo, quando o consumidor não paga o valor total da fatura, aumentaram em 11%. A tendência, de acordo com o economista chefe da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) Rubens Sardenberg, é que o cenário continue o mesmo no segundo trimestre de 2021. “A expectativa é de que ainda teremos um trimestre complicado, por conta do recrudescimento da pandemia”, comenta.
Com os empréstimos em atraso, os juros de novas concessões bancárias tendem a aumentar. É uma conta que quem paga são os próprios consumidores. Desde o ano passado, o número de empréstimos para pessoa jurídica teve aumento de 22% e pessoa física 10%. Pessoas de baixa renda são os mais afetados.
“Por todas as medidas adotadas, esse cenário era uma previsão. Diante da ausência de medidas governamentais para manter a população em casa e com renda suficiente para se alimentar”, diz Patrícia Costa, que é supervisora de preços do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Ela completa ao dizer que a saída para o problema depende do governo elaborar estratégias para a economia girar. Para o cidadão, por enquanto, resta renegociar as dívidas.
“Não adianta, nesse momento, você aumentar a taxa de juros ou diminuir o salário mínimo, a economia precisa crescer e ela precisa dessa renda, precisa que as pessoas voltem a consumir”, expõe.
Com informações da TV Cultura
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