Historeando: Crianças construindo uma torre com rolos de notas de marcos alemães em 1923 na Alemanha
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Após a derrota na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha contraiu uma dívida colossal, perdeu todas as colônias, sofreu sanções territoriais e militares.
Em 1923, o país decretou moratória e para assegurar o pagamento da dívida as tropas belgas e francesas ocuparam o Vale do Ruhr (região de reservas de carvão), para pagar o salário dos mineradores o governo alemão tomou práticas emissionistas, não só no setor minerador, mas em outros setores.
O resultado foi um processo de endividamento externo associado à hiperinflação de 29.500% ao mês no ápice da Crise. Os preços duplicavam a cada 3 ou 4 dias. Um pão, que no fim da guerra custava 250 marcos alemães, chegou a custar 200 bilhões de marcos.
As pessoas recolhiam os salários em malas. Anedotas sobre a crise ilustram o drama: uma pessoa deixou sua mala desatendida e quando voltou percebeu que haviam roubado a mala, mas não o dinheiro; um padre viajou a Berlim para comprar um par de sapatos e quando chegou lá só conseguiu arcar com uma xícara de café e o bilhete de ônibus para voltar para casa.
Em verdade, dinheiro não valia nada, era queimado para aquecer as famílias pobres no inverno, servia de brinquedo (como na imagem) e era deixado na rua e varrido pelos funcionários públicos. A prostituição se tornou comum no país e a fome se tornou endêmica.
A situação só começaria a melhorar a partir de 1925, após reformas e introdução de uma nova moeda (o Marco Seguro) e o Plano Dawes, com apoio dos Estados Unidos.
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