Historeando: Codex Gigas – A Bíblia do Diabo
Diz a lenda que foi feita por um monge que vendeu a sua alma ao diabo
Criado no século XIII, o Codex Gigas é o maior manuscrito medieval de que se tem notícia no mundo. Seu conteúdo traz uma ilustração do próprio demônio, o que o tornou conhecido como a Bíblia do Diabo e faz com que até hoje sua existência seja rodeada de mistérios. Sua fama é de que é capaz de trazer poder a quem conseguir colocar as mãos nele.
Várias questões rodeiam sua criação: Quem o escreveu? Por que foi escrito? Perguntas que dão origem à trama criada por David Dübell. Mistério, romance e suspense permeiam a narrativa sobre a busca pelo manuscrito por cristãos e não-cristãos, evidenciando até onde um ser humano pode ir levado por sua ambição pelo poder.
Ninguém sabe o nome verdadeiro do manuscrito. Mas ele precisava de um nome mais respeitável, então foi chamado, sem muita imaginação, de Codex Gigas (Livro Gigante). Ele tem 310 páginas, 89 centímetros de altura, 49 centímetros de largura e pesa 75 quilos.
O livro é assinado pelo monge Herman Inclusus, vivia no mosteiro Beneditino de Podlažice, na antiga Boêmia, hoje República Tcheca.
Além disso, um estudo feito pela National Geographic em 2015 e liderado pelo paleógrafo Michael Gullick, da Biblioteca Nacional da Suécia, revelou que a caligrafia utilizada para redigir os textos e a assinatura comprova que o grande livro foi realmente escrito por uma única pessoa. Testes feitos para recriar a caligrafia sugerem que seriam necessários cinco anos de trabalho frenético para criá-la. Um dos mistérios que ainda está por desvendar é o uso da mesma tinta em todas as páginas. Era habitual mudar-se de tinta com o passar das semanas.
O monge passou boa parte de sua vida se dedicando apenas à Bíblia do Diabo.
O Codex Gigas foi devolvido a Praga em 2007 e ficou lá por um ano. Em 2009 foi apresentado durante uma exposição da Biblioteca Nacional da Suécia, mas atualmente não está mais exposto ao público.
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