Infestação da dengue na região preocupa e municípios intensificam ações de combate
Com o retorno das chuvas e as temperaturas mais quentes aumentou na região de Campo Mourão a infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Preocupados com a situação, os municípios vêm intensificando as ações de combate ao mosquito, inclusive utilizando o fumacê costal.
Outra preocupação é com o avanço dos casos confirmados. São três na Comcam em Engenheiro Beltrão (1), Roncador (1), e Ubiratã (1), conforme o boletim semanal da dengue publicado nesta pela Secretaria de Estado da Saúde. O novo período sazonal da doença, iniciou no dia 1º de agosto e segue até julho de 2022. A região tem ainda 236 notificações e 67 casos prováveis da doença, o que ascende sinal de alerta.
Existem também municípios com casos ainda em investigação como Araruna (1); Barbosa Ferraz (36); Campo Mourão (2); Engenheiro Beltrão (1); Goioerê (2); Peabiru (2); Quinta do Sol (4); Roncador (1); e Terra Boa (8). “Sempre estamos alertando a população quanto aos cuidados de prevenção que é evitar água parada”, falou o chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira.
Ele ressaltou que a medida mais eficaz no combate ao mosquito é eliminar materiais que possam servir de possíveis criadouros. Os levantamentos de infestação que vêm sendo realizados pelos municípios preocupam pela quantidade de larvas encontradas pelos agentes de endemias. Em Engenheiro Beltrão, por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou um índice geral de 2,3%. Os números são alarmantes, segundo o coordenador de endemias do município, Sérgio Mazini, o que passa exigir maior cuidado da população, principalmente nesse período de muita chuva, disse Mazini, ao lembras que Engenheiro Beltrão registrou no início do mês o primeiro caso de dengue.
Segundo Mazini, as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti são constantes em todo o município. “Como já era previsto devido a quantidade de chuva dos últimos dias e a temperatura aumentando, tivemos esse aumento no índice de infestação, mas os trabalhos dos agentes de endemias não param. Precisamos que a população também faça a sua parte”, adverte.
Em Campo Mourão, o Lira também apontou para alta infestação do mosquito: 3,54%, um aumento considerável em relação ao levantamento realizado em agosto, que teve um índice geral de 0,50%. Das 43 localidades analisadas, em 19 o índice ultrapassou 4%, o que é considerado alto risco. Os percentuais mais altos foram constatados no centro, com 12,50% de infestação e no Jardim Pio XII (11,36%). Em 15 localidades, o Lira constatou índice zero de infestação. De agosto de 2020 a agosto 2021 foram registrados 38 casos de dengue no município. Dos 1.582 imóveis verificados, em 56 foram encontrados focos do mosquito Aedes aegypti, a maioria em residências (81,06 por cento). Os principais criadouros estão no lixo, como plásticos, vidro, metal, papelão e sucatas (51,23%).
O índice de infestação é obtido a partir dos resultados das amostras analisadas em laboratório e serve de base para o trabalho de combate ao mosquito. “Acreditamos que o principal fator para esse aumento na infestação é a volta da chuva aliada ao descuido das pessoas com água parada”, observa a coordenadora de campo do Setor de Endemias, Marinalva Ferreira da Luz. Ela lembrou que além do trabalho diário de campo dos agentes de endemias, são realizadas caminhadas ecológicas duas vezes por mês.
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