Justiça decreta prisão preventiva de ginecologista suspeito de abuso sexual

Justiça decreta prisão preventiva de ginecologista suspeito de abuso sexual

O profissional foi indiciado por violação sexual mediante fraude, violência psicológica e estupro de vulnerávelMais de 40 vítimas que se apresentaram à delegacia de Polícia Civil.

A prisão preventiva havia sido pedida pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). A 12ª Promotoria de Justiça de Londrina, que acompanha o caso, manifestou-se favoravelmente à prisão preventiva. 

“Assim que encerradas as diligências pelas autoridade policial, o inquérito será encaminhado ao MP para oferecimento de denúncia”, disse o MPPR à BandNews Curitiba.

Felipe Sá estava preso temporariamente desde o dia 15 de junho, na Casa de Custódia de Maringá. Com a decisão do TJPR, a prisão passa a ser por tempo indeterminado.

No início do mês passado, a Justiça já havia negado o pedido liminar de habeas corpus apresentado pela defesa do ginecologista. O processo está sob sigilo.

Ginecologista é investigado por crimes sexuais

O ginecologista Felipe Sá, de 40 anos, é investigado por crimes sexuais desde o mês de janeiro. Entre os crimes listados pela Polícia Civil estão violação sexual mediante fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável.

As vítimas seriam pacientes da clínica de ginecologia e obstetrícia do suspeito, e também estudantes universitárias – além de médico, Felipe Sá também chegou a dar aulas em uma faculdade particular de Medicina de Maringá. O profissional foi preso pela polícia no dia 15 de junho.

A Polícia Civil já ouviu mais de 50 pessoas, entre mulheres que denunciaram as agressões por meio de boletins de ocorrência, e testemunhas, e também representou pela conversão da prisão temporária pela preventiva. “A Polícia Civil concluiu o inquérito policial pela suposta prática de crimes sexuais, e durante a apuração foram ouvidas 36 vítimas, 20 testemunhas, além de produzidas diversas provas materiais, como o registro de conversas e relatórios terapêuticos.

O investigado foi ouvido, mas usou seu direito constitucional de permanecer em silêncio. Diante dos sérios indícios de autoria e materialidade, ele foi indiciado 37 vezes pelo crime de violação sexual mediante fraude, uma vez por estupro de vulnerável e outra vez pelo crime de violência psicológica. Representamos pela conversão da prisão temporária pela preventiva, bem como pela suspensão do registro médico no CRM-PR (Conselho Regional de Medicina do Paraná)”, disse o delegado Dimitri Tostes Monteiro.

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