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Zika vírus pode ser transmitido de outras 4 formas além de picada de mosquito

O recente surto de microcefalia em bebês tornou o zika vírus – micro-organismo que até então era considerado responsável apenas por uma doença mais simples, de fácil resolução – uma grande preocupação para todos os brasileiros, mas principalmente para as gestantes. O que nem todos sabem é que ele pode ser transmitido de mais 4 formas além da picada do Aedes aegypti. Veja quais são a seguir e proteja-se.

Zika vírus é transmissível de outras 4 formas além da picada

Como você provavelmente já sabe, o zika vírus encontrou no mosquito Aedes aegypti a sua principal forma de transmissão. O inseto é o mesmo que carrega os micro-organismos causadores da dengue e da chikungunya.

Mas, além desse vetor, existem estudos que apontam que a doença pode ser passada de outas 4 formas. Ainda não se sabe exatamente quais são as chances de que esses tipos de contaminações aconteçam, pois os estudos sobre o zika vírus ainda são poucos e pouco abrangentes, mas, mesmo assim, é importante que você conheça esses riscos e mantenha-se alerta.

A relação foi inicialmente explorada pelo site do jornal carioca O Globo. Fomos mais fundo para explicar a relação. Veja a seguir.

Transmissão sexual

Um caso de transmissão do zika vírus através do sêmen foi relatado na literatura em 2011. A contaminação aconteceu no Senegal, mas o paciente só sentiu os sintomas em casa, nos Estados Unidos. Quatro dias depois ele notou a presença de sangue no sêmen e, no mesmo dia, sua esposa passou a ter sintomas da febre zika. A mulher não deixou seu país e teve relações sexuais com o marido sem proteção um dia após seu retorno. A doença foi confirmada por exames, mas a presença do vírus no sêmen não foi investigada.

Transmissão pelo líquido amniótico

O meio de transmissão do zika da mãe para o filho ainda no útero (o que causa a microcefalia) ainda não está totalmente claro. Mas um estudo com gestantes de fetos com microcefalia mostrou a presença do micro-organismo no líquido amniótico, que circunda o bebê dentro da barriga. É provável que o vírus atravesse a barreira placentária – responsável por proteger o bebê de infecções – para contaminar o bebê.

Transmissão pelo leite materno

Cientistas da Polinésia Francesa – país que enfrentou um surto de zika no ano de 2013 – fizeram um estudo com duas mães diagnosticadas com o vírus e seus respectivos bebês, que também tiveram a doença. Foi encontrado RNA de zika no leite materno, mas a transmissão através da amamentação não foi confirmada.

Apesar disso, os responsáveis pelo estudo sugerem no artigo que a amamentação seja considerada um meio de infecção até que essa possibilidade seja totalmente descartada.

Vale lembrar que a transmissão após o nascimento do bebê não oferece o mesmo risco que aquela que acontece dentro do útero e pode causar microcefalia.

Transfusões de sangue

Os cientistas polinésios detectaram o vírus também em reservas de sangue destinadas a transfusões. O principal desafio, nesse caso, é o fato de os sintomas demoram alguns dias para aparecer, gerando um intervalo de tempo em que a pessoa acredita estar saudável e apta a doar sangue. Apesar do vírus estar presente nas transfusões, nenhuma pessoa que recebeu o sangue com zika desenvolveu a doença.
Fonte: Guia Goioerê/www.bolsademulher.com

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