João Paulo de Lima, Aldino Gugu Bueno e Jaime Vasatta tiveram até reunião às escondidas
O Ministério Público demonstrou em denúncia apresentada nesta sexta-feira como os vereadores João Paulo de Lima, Aldino Gugu Bueno e Jaime Vasatta, agiram para livrarem o vereador Paulo Bebber (PR) – acusado de receber propina para aprovação de projeto – da cassação.
No dia 20 de junho do ano passado, a Promotoria relata que os três parlamentares se reuniram na Câmara às escondidas para elaborar parecer final inconclusivo que serviu de base para o voto de oito vereadores na sessão de julgamento perante a Câmara no dia 27 de junho.
Conversa interceptada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) revela que Jaime Vasatta e Gugu Bueno estavam juntos em frente a Casa de Leis quando João Paulo de Lima ligou para Gugu, “incomodado com a presença do vereador Rui Capelão no local, sugerindo que trabalhassem em outro local”.
Imagens internas da Câmara comprovam que João Paulo, Gugu e Jaime se reuniram para elaborar o relatório.
“Parecer final que acatava o trabalho desenvolvido pelo presidente da Comissão, questionava a legalidade das provas e que descartou por completo todo o trabalho de investigação que estava sendo feito pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de Cascavel, juntados aos autos administrativo por solicitação da própria Comissão”.
O Ministério Público afirma na ação que o relatório foi ilegal por contrair legislação, que exige a apresentação de parecer pela procedência ou improcedência da acusação. Foi, para a Promotoria, uma estratégia “ilegal e imoral” definida por João Paulo de Lima, um dia após a sessão de julgamento, como uma “grande jogada de mestre”.
O Promotor afirma também que João Paulo destacou que “o combinado não sai caro” e demonstrou “total consciência da ilicitude praticada”.
Fonte: CGN