Muitos que leram o livro Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia (2007) ou assistiram ao filme Tim Maia (2014) nos cinemas, que é inspirado na biografia escrita por Nelson Motta, não gostaram da versão global, exibida em dois capítulos, com o nome Tim Maia – Vale o Que Vier. Transformando o longa em documentário, a Globo incluiu depoimentos inéditos, cortou cenas importantes e até modificou ordem dos acontecimentos para favorecer o ponto de vista proposto pela emissora.
Essa mudança parece ter desagradado não somente o público, mas também o diretor de Tim Maia , Mauro Lima. No Instagram, o cineasta ironizou a exibição e pediu aos que ainda não viram o filme, que não assistam ao material feito pela emissora. “Aos seguidores que não viram Tim Maia no cinema sugiro que não assistam essa versão que vai ao ar hoje e amanhã na Globo. Trata-se de um subproduto que não escrevi daquele modo, nem dirigi ou editei”, recomendou.
A maneira como a história de Tim foi exibida na minissérie gerou reclamações de diversos espectadores, especialmente dos que leram o livro de Nelson Motta. O principal alvo foi a relação de Tim com Roberto Carlos. No livro escrito por Motta, o “Síndico” é ignorado por Roberto, que na época estourava em todo o Brasil, quando vai atrás dele pedir ajuda para chegar ao sucesso. Já no filme, um depoimento inédito foi incluído, onde o ator Babu Santana, na pele de Tim, diz que “foi assim que Roberto Carlos lançou o gordo mais querido do Brasil”, além de cenas importantes em que o Rei esnoba seu ex-companheiro na banda Sputniks terem sido cortadas.