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Boca entra com recurso e tenta cancelar River e Cruzeiro

O Boca Juniors protocolou no final desta noite o recurso da decisão anunciada neste sábado eliminando o time na Libertadores, após os incidentes com a torcida em La Bombonera durante o confronto de volta com o River Plate, na semana passada, pelas oitavas de final.

O advogado Eduardo Carlezzo, que confirmou ao ESPN.com.br, passou o dia elaborando a documentação para apresentar ao Tribunal Disciplinar da Conmebol.

O objetivo principal é derrubar a determinação de exclusão do clube do torneio sul-americano e assim evitar que River e Cruzeiro entrem em campo na próxima quinta-feira, às 22 horas de Brasília, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.

O recurso tenta também diminuir as outras sanções, impostas pela entidade: a pena foi de 200 mil dólares, quatro jogos com portões fechados e quatro jogos sem torcida como visitante.

“Nosso foco é reverter a eliminação. Isso é o principal. Nosso recurso se baseia nos precedentes, no princípio da proporcionalidade. São quatro penas, muito pesadas. Foi muito desproprocional, especialmente na pena capital. Foi desproporcional com o que aconteceu. Nós fomos punidos pelo drone também e eu falo que não há comprovação de onde ele saiu”, afirmou Carlezzo, em contato com a reportagem.

“E quando ele [drone] pousou o jogo estava parado, não houve prejuízo esportivo, nem de lesão a nenhum dos atletas. São 17 páginas, 12 a 14 horas de trabalho em cima disso. Nosso trabalho foi o tempo todo de colaboração. A Conmebol reconhece isso. Todo investimento que o Boca fez de segurança tem de ser reconhecido. Foi gigantesco. Foram mais de 1040 policiais e 200 privados para trabalhar. E foram 150 pessoas da Prefeitura. O que o clube podia fazer ele fez”, completou.

A confusão

Na partida de ida, no Monumental de Nuñez, o River venceu por 1 a 0, com gol de Sánchez, o que lhe permitia empatar na casa do rival. A partida de quinta-feira, contudo, acabou interrompida após apenas 45 minutos de bola rolando, em virtude de confusão provocada pela torcida do Boca na volta dos vestiários.

Antes da decisão da Conmebol, responsável pela organização da Libertadores, o Ministério Público de Buenos Aires anunciou o fechamento da Bombonera. Segundo o secretário nacional de segurança da Argentina, Sergio Berni, disse “não ter dúvidas de que a culpa era do Boca” pelo ocorrido.

A confusão começou quando o River voltava ao campo para o segundo tempo. Torcedores do Boca conseguiram acesso ao túnel de acesso e atiraram um composto caseiro, mais forte do que spray de pimenta, no atletas. Vangioni, Funes Mori, Kranevitter e Ponzio estiveram entre os mais atingidos e passavam mal à beira do campo.

A partida ficou interrompida por quase duas horas, com os jogadores esperando no campo. Depois de longa espera e conversas entre o árbitro e os delegados da Conmebol, a partida foi suspensa. Em meia a isso, um drone ironizando a queda do River à segunda divisão também pairou sobre o campo. (Espn)

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