Em operações realizadas desde o mês de junho, já foram apreendidos 12.300 litros de produtos agrotóxicos falsificados, cujos princípios ativos não são reagentes e, portanto, não funcionavam quando aplicados nas lavouras de soja e milho, causando prejuízos enormes aos produtores que os adquiriam. Acredita-se que o esquema possa ter distribuído esses produtos em toda a região, incluindo Ubiratã e municípios vizinhos.
O esquema foi descoberto depois de meses de investigação da Polícia Civil de Cascavel, que descobriu uma empresa de fachada na cidade de Maripá, que trabalhava com a venda de flores e gramas, e que fazia a distribuição dos produtos. A investigação começou com a denúncia de um produtor, que desconfiou dos agrotóxicos recebidos.
Segundo a polícia, Os responsáveis pela adulteração reproduziam os produtos de indústrias verdadeiras e comercializavam para distribuidoras dos estados do centro-oeste e sudeste do país, e também na região.
Os produtores que compravam estes agrotóxicos tiveram prejuízos milionários. Só no caso do produtor que denunciou o caso, o agricultor gastou R$ 180 mil. Além do princípio ativo, também as embalagens eram falsificadas.
A polícia continua investigando o caso, uma vez que é quase certo que haja outros distribuidores de produtos agrotóxicos falsificados na região. No entanto, é difícil de chegar às vítimas, uma vez que a maioria esconde que caiu no golpe.
Ao todo são 12 empresas e mais de 30 pessoas investigadas. Até agora, apenas uma pessoa foi presa.
Antes dessa investigação, era comum a apreensão na região de produtos agrotóxicos contrabandeados do Paraguai e que não têm licença para serem comercializados no país, mas agora se trata de produtos falsificados. (Goionews, com informações de Catve e Vale Verde FM).
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