Uma mulher registrou um boletim de ocorrência, em Campinas, para processar um pai de santo que a enganou ao baixar um santo incompatível nela, durante um ritual.
Segundo consta no BO, a moça queria Oxum, mas o pai de santo teria baixado o orixá errado.
Para fazer o trabalho, a moça pagou R$ 8 mil e disse que só descobriu que foi enganada depois de ter passado mal e procurar outros pais de santo.
O ritual teria ocorrido no mês de agosto deste ano, mas o caso só registrado pela vítima na segunda-feira (9).
A princípio o pai de santo foi considerado como averiguado pela Polícia Civil, que abrirá inquérito para investigar a denúncia.
De acordo com o boletim de ocorrência, a jovem de 23 anos é da religião Cadomblé e procurou o religioso para “realizar o santo”. No ritual, a jovem raspou a cabeça. Após alguns dias, ela passou mal e teria percebido que havia recebido um orixá errado.
Então a vítima procurou outro pai de santo, que falou que ela estava com energias negativas, pois o guia era incompatível ao que tinha pedido.
“Ninguém passa mal por conta de uma entidade. Talvez ela estivesse ansiosa. A gente sempre indica para as pessoas procurarem orientações em locais confiáveis”, explicou Pai Salum, da Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo.
“Ninguém consegue trazer um orixá ou guia para qualquer pessoa, sem um tratamento prolongado. É preciso cuidar da pessoa antes”, frisou.
Pai Salum afirmou que a federação recebe diversas ligações de pessoas que reclamam terem sido enganadas durante trabalhos, e a orientação é sempre procurar uma delegacia. “Não há como provar que o santo que ela recebeu é o errado” , comentou.
O boletim de ocorrência foi registrado como estelionato. Diante do caso, o Procon afirmou que se trata de charlatanismo, crime em há a promessa de uma cura ou algo semelhante que não tem como provar, previsto no artigo 283 do Código Penal, com pena de três meses a um ano e multa. Para reclamar no Procon é preciso levar o comprovante de pagamento. (Rede TV).