A importância da prevenção ginecológica

Se você tem na família uma menina com idade entre 10 e 13 anos não deixe de levá-la (ou de orientar pais e responsáveis para isso) a um posto de saúde para tomar essa vacina, importante para prevenir o contágio do vírus HPV, principal causa do câncer de colo de útero.

É preciso lembrar que a vacinação é a primeira de uma série de cuidados que as mulheres devem adotar na prevenção do HPV, o Papiloma Vírus Humano. A vacina não substitui o uso do preservativo nas relações sexuais nem a realização de exames preventivos. Números do Ministério da Saúde indicam que no Brasil há cerca de seis milhões de mulheres entre 35 a 49 anos que nunca realizaram o exame citopatológico (citopatologia= estudo das células e suas alterações em casos patológicos) do colo do útero, o chamado Papanicolau.

Ainda é grande o número de mulheres que não dão importância à prevenção ginecológica, seja por falta de informação ou por falta de tempo devido à correria do dia a dia. O médico ginecologista Leopoldo Viera, do Hospital San Paolo – centro hospitalar de média complexidade localizado na zona norte de São Paulo -, esclarece que a prevenção nada mais é do que fazer um acompanhamento precoce, ter uma alimentação saudável, uma rotina de atividade física regular e ir ao médico anualmente. “São medidas adotadas para evitar o surgimento de doenças ginecológicas benignas e malignas”, explica, relacionando também os principais exames que as mulheres devem fazer:

Papanicolau

Exame ginecológico de citologia cervical (da cerviz=colo do útero) realizado como prevenção ao câncer do colo do útero. O nome lembra seu criador, o médico grego Geórgios Papanicolau1 (1883-1962), considerado o pai da citopatologia.

O exame deve ser realizado em todas as mulheres com vida sexual ativa ou não, pelo menos uma vez ao ano. Consiste na coleta de material do colo uterino com uma espátula especial, que é colocado em uma lâmina e analisado posteriormente por um citopatologista (que pode ser um biomédico, farmacêutico bioquímico ou médico) ao microscópio. É citológico, examina a morfologia das células da mucosa do colo do útero, analisa alterações nessas células, chamadas de displasia cervical. A displasia que se desenvolve deve-se a uma infecção causada pelo papiloma vírus humano (HPV). Este vírus altera de tal forma as células que se podem formar tumores benignos ou mesmo malignos

Ultrassonografia pélvica transvaginal

Os órgãos do aparelho reprodutor feminino apresentam diversas modificações fisiológicas e morfológicas e a ultrassonografia permite a observação detalhadas dessas modificações, confirmando a normalidade dos órgãos pélvicos ou identificando a presença de alterações no útero (mioma, pólipo endometrial), ovários (cistos, tumores) e, eventualmente nas trompas.

E para as pacientes com idade a partir de 40 anos a mamografia.

“Gostaria de ratificar a importância desses exames ginecológicos periódicos, mas sem deixar de lado a prevenção das doenças clínicas em geral, pois sabemos que doenças como as cardiovasculares, por exemplo, constituem uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo” finaliza o médico.

Doenças que mais atingem as mulheres

Ginecológicas benignas: corrimentos genitais, doenças sexualmente transmissíveis, distúrbios da menstruação, infecções do trato urinário, incontinência urinária, mastalgia (sensibilidade e dor nas mamas) e doenças fibrocísticas da mama (alterações benignas nos tecidos da mama).
Ginecológicas malignas: principalmente câncer de mama e do colo uterino.


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