Quarenta e quatro dias depois a greve dos professores da rede estadual está encerrada no Paraná. Assembleia realizada na manhã desta terça-feira (9), no Estádio da Vila Capanema, em Curitiba, decidiu pela volta às aulas. A data deve ser confirmada em reunião com a Secretaria de Educação (Seed).
A proposta aprovada prevê 3,5% de reajuste em outubro, mais 8,5% em janeiro de 2016, o que seria suficiente para zerar a inflação deste ano. Em maio de 2017, os profissionais receberiam novo acréscimo, correspondente ao primeiro quadrimestre (janeiro a abril) e, em 2018, a data-base voltaria para 1º de maio. O Projeto de Lei elaborado por deputados estaduais e ratificado pelo governador Beto Richa (PSDB) será colocado em votação na Assembleia Legislativa.
Tanto APP-Sindicato quanto a Seed estabeleceram condições para o fim do impasse. Na assembleia de hoje, a categoria reforçou a intenção de que a secretaria reveja a decisão de descontar os dias parados e que o Governo desista de processar o sindicato.
A titular da pasta, Ana Seres, informou que as ausências de abril só serão reembolsadas se houver a entrega dos relatórios mensais de frequência até a próxima sexta-feira. Seres estabeleceu o abono à elaboração e homologação de todos os calendários das unidades escolares pelas chefias dos Núcleos Regionais de Educação (NREs).
A data limite para as escolas encaminharem os calendários, conforme a Seed, é 19 de junho. A secretária deixou claro que é preciso repor as aulas, cumprindo os 200 dias letivos e as 800 horas exigidos pela legislação. A secretaria se comprometeu ainda a não abrir processos administrativos contra diretores de escolas, como chegou a ameaçar, e a não rescindir os contratos dos professores temporários em função de faltas computadas durante a greve.
(Bonde)